quinta-feira, 5 de junho de 2014

Silêncio do Grito

   Não sei o que faço quando meu coração anseia em escrever e não tenho palavras. Serei hipócrita ao tentar falar algo que não pulsa no meu cérebro? Vendo projetos morrerem invés de crescerem desanima. Espera. Por que precisam morrer se a chama, a vontade, esta dentro de mim? Mesmo sem ideia, motivação ou apoio, por que não consigo ser a força para puxar as pessoas para voltarem a servir com tal vigor e alegria, aptidão para o Pai? É como assistir as árvores que conforme a estação as folhas mudam de cores. Ficam entre um tom amarelo, laranja e rosa escandaloso, chamando a atenção do pedestre passageiro. No inverno, todas elas caem, cadê a graça das cores? Tudo branco, frio, molhado, preto e sem vida. Aguardo a primavera, época de nascimento, de alegria, amores. Queremos amor, mas não queremos nos arriscar a amar. 

   Palavras soam bonitas, mas só soam, não são cultivadas, enfatizadas, interpretadas ou entendidas, apenas escutadas. Não tentamos crescer. Se tentamos  descobrimos que temos um parasita chamado de acrofobia. Acho tristemente engraçado como elefantes de circo são presos apenas por um prego de madeira, se acostumaram, poderiam muito bem fugir, mas tem um trauma de infância que não tentam enfrentar. Por que nos deixamos presos no medo, no acostumado e no confortável? Por que parar de lutar se passamos de nível? Não era o que queríamos?

   O que cansa, de tudo que acontece, é o fato de ver o povo calado. Não veem que a pessoa do seu lado quer falar algo? Não consegue ouvir o sussurro dos seus berros? A lágrima no canto do olho ao dar aquele sorriso doce? Talvez soh eu que fico sonhando. Fale, pergunte, se emocione e não julgue. Sim, no silêncio há paz, mas muitas outras coisas compartilham esse espaço. O que temos no nosso silêncio? Estamos gritando um "socorro" na dor invisível? Apenas pense.


O silêncio pode ser um ato sábio ou um castigo, em qual deixará ele se tornar?

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